É possível que o torcedor do Náutico eleja a partida contra o Santos, na última rodada do Brasileiro do ano passado, como uma das mais dramáticas da história do clube. O alvirrubro estava à frente de seus adversários diretos na luta contra o rebaixamento e só dependia de si para seguir na primeira divisão. Já o Santos, depois de um ano muito ruim, tentava vencer o jogo para conseguir vaga na Sul-Americana do ano seguinte.
O empate sem gols na Vila Belmiro se deu foi graças à inesquecível atuação do goleiro Eduardo. Amanhã, o Santos não tem a Vila – o jogo será no Pacaembu e o Náutico não terá o empate como bom – ele poderia ser desastroso para as pretensões alvirrubras.
Faltam cinco rodadas para o fim do campeonato. Caso o Náutico empate e o Botafogo vença o Coritiba, no Rio, o time pernambucano ficará a cinco longos pontos de sair da zona de sufoco. A situação fica ainda pior quando se vê a rodada seguinte: enquanto o Botafogo vai a São Paulo enfrentar o Barueri, time fora de qualquer disputa e em crise pela suspeita da “mala branca” do Cruzeiro, o Náutico joga nos Aflitos contra o Flamengo, um dos melhores times do returno e que ainda luta pelo título.
Com a corda ainda firmemente atada ao pescoço, o Náutico não pode pensar noutro verbo contra o Santos, a não ser no “vencer”. E se contar com um tropeço carioca em casa e com um empate ou derrota do Santo André contra o Corinthians, o Timbu começaria a semana fora da zona de rebaixamento. A matemática e o futebol não desprezam nenhuma possibilidade.
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